terça-feira, 29 de junho de 2010

O Interior



Todos têm algo dentro de si. Algo sem definição, mas de grande influência na personalidade de cada um. Aqueles que não têm consciência disso passam a vida com a agoniante sensação de que falta alguma coisa.

Aqueles que têm consciência, buscam uma maneira de extrair esse 'algo', e transformá-lo em algo produtivo. Ou destrutivo. Ou que simplesmente os faça se sentir bem.

Alguns buscam uma grande aventura. Alguns buscam um grande amor. Alguns buscam uma simples folha de papel. Transformar sentimentos em obras de arte parece uma boa idéia.

Um breve momento de inspiração traz uma grande sensação de liberdade. É a chance que você tem de ser o que quiser, dizer o que pensa, e por para fora tudo aquilo que te angustia.

Muitos possuem esta capacidade, mas ainda não sabem. Têm medo de tentar. Medo de revelar o que se passa em seu interior. E vivem para sempre sentindo falta de alguma coisa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Como viver?



Vivemos em um sistema limitado. Um padrão que supostamente foi criado para melhorar a vida da sociedade, mas que acabou limitando-a sem que ninguém percebesse. Os que percebiam já ficaram para trás.

E só hoje fui me dar conta de que a vida poderia ser muito mais do que isso. Percebi que existem inúmeras maneiras de viver, como as que ficaram no passado. Os cavaleiros medievais, os hippies, os punks, cada um com sua forma de viver e sua visão de mundo. Mas graças ao nosso sistema, é inviável tentar experimentar outras visões. Hoje, ou você vive pelo capitalismo, ou você não vive.

O pior é saber que só temos uma vida para aproveitar. Não, não há uma próxima vida. Aceite. Se houvessem outras vidas, nada faria sentido. Acredito que o único sentido da vida seja experimentar tudo o que for possível, viver intensamente, aproveitando cada minuto. Mas a humanidade vem destruindo isso há tempos. E ninguém vê. Ninguém faz nada. Apenas nos acomodamos e esperamos a agradável visita da morte.

Existem muitas coisas que eu gostaria de ser, de experimentar, de viver. Mas nasci, supostamente, para ser uma criança alienada, para depois virar um adolescente comum, frequentando uma escola comum e vivendo com uma família comum, e mais tarde me tornar um adulto acomodado, até virar um velho rabugento. Não, não é essa vida que quero pra mim. Quero ver tudo o que o mundo pode me oferecer, tudo o que posso ser. Viver uma vida que poderia virar um livro mais tarde.

E assim, morrerei realizado.