Bio



Talvez eu não me conheça. Pelo menos não como achava que conhecia. Talvez meu narcisismo me faça pensar que sou complexo demais pra ser definido. Mas, talvez, escrever tal pensamento mostra que não sou tão narcisista assim, ou teria certeza do que disse. Talvez eu seja apenas uma pessoa confusa demais.

Ou talvez essa confusão acerca da minha identidade seja parte fundamental do amadurecimento interminado. Amadurecimento que talvez nunca tenha fim, mas de qualquer forma, talvez seja cedo para saber dizer como a minha mente funciona. Especialmente por sempre tentar buscar minhas próprias filosofias em vez de me render às influências.

Às vezes faço coisas com as quais eu mesmo não concordo. Me vejo tendo atitudes que sempre desprezei, me tornando o tipo de gente de quem sempre me afastei. Talvez a consciência disso diminua a hipocrisia. Talvez não. Poderia me considerar um pseudo-adepto do lema "não existe o certo e o errado, existe o que é melhor pra você", e talvez isso justifique as escolhas que não batem com o que penso.

Odeio quando perguntam onde eu me vejo daqui a dez anos. Não faço idéia. A cada dia nascem infinitas possibilidades de acontecimentos que podem mudar minha vida, assim como a minha mente muda o tempo todo. Aprendemos algo novo a cada dia, e isso é um fato. E não sei se vou seguir a carreira do curso que escolhi, se ganharei a vida como músico, ou até mesmo como escritor. Não sei em que lugar do mundo vou estar, já que não pretendo ficar por aqui.

No momento, minha vida não é nada além de um grande "talvez". Não sou de me preocupar com o que ainda não está nas minhas mãos. Meu futuro ainda não é meu, mas será em breve. E este discurso mudará.

Mas fico por aqui, por enquanto.