terça-feira, 30 de março de 2010

Hipocrisia

"A humanidade é o câncer do planeta". Alguém já disse isso, mas não lembro quem. Apenas sei que concordo plenamente.

O mundo seria um lugar muito melhor se as criaturas não tivessem evoluído tanto até o surgimento dos seres humanos. Existiriam apenas coelhinhos e oncinhas saltitantes e alegres. Nada de poluição, desmatamento, violência etc.

O que realmente me incomoda é o fato de que as pessoas continuam se reproduzindo, vivendo numa eterna hipocrisia. Até os que separam o lixo, por exemplo, não andam a pé por aí. E seus filhos farão a mesma coisa. Ou pior.

A reprodução é sempre uma escolha, seja consciente ou inconsciente. E é essa escolha que torna a humanidade uma raça hipócrita. Não consigo entender a necessidade das pessoas de ter filhos, criá-los e "educá-los", para que virem novos monstrinhos de destruição. Não consigo ver o lado positivo de ter que aturar e alimentar um bebê até que ele vire um adulto capaz de cuidar da própria vida.

O padrão da sociedade é patético. Nascer, crescer, estudar, trabalhar, casar e morrer. A maioria das pessoas segue esse padrão cegamente. Mas onde entra a verdadeira diversão? São poucos os que entendem que esse padrão não é um modelo de vida ideal. "Se você seguir todas as regras, perderá toda a diversão".

E tem as campanhas para 'salvar o planeta'. São o pior tipo de hipocrisia. Os chamados 'ecochatos' só se preocupam com o planeta na hora da campanha. Depois disso, esquecem tudo e voltam a gastar água, energia, dar uma volta de carro, destruindo o mundo à sua volta sem perceber. Ou talvez até percebem, mas não estão muito mais preocupados com isso.

Eu, pelo menos, SEI que não faço bem para o planeta. É por que eu não me importo com o planeta. Me importo apenas com o tempo que EU tenho de vida, e pretendo aproveitar esse tempo ao máximo. Egoísmo? Talvez. Não me importa. Mas sei que terei uma vida muito melhor que a dos 'ecochatos'.

E assim caminha a humanidade.

domingo, 28 de março de 2010

Eu queria...



Queria saber desenhar. Queria saber dar mortal fora da piscina. Queria fazer algo grandioso pra ser conhecido mundialmente, mas não como uma 'celebridade'. Queria dividir uma casa com um amigo. Queria saber surfar. Queria ganhar dinheiro com a minha música. Queria ser um bom aluno. Queria ter um barco. Queria viver numa ilha deserta, mas só por alguns dias. Queria ter um cachorro. Queria escrever um livro.
 

Queria saber como é morrer, mas viver pra contar. Queria saber falar latim e alemão. Queria aprender Kung-fu. Queria ter um grande amor. Queria saber andar de skate. Queria saber cantar. Queria ser mais alto, e menos magro. Queria vagar pela Europa. Queria viver num mundo sem governantes. Queria ter uma irmã um pouco mais nova que eu. Queria ser criador de uma frase famosa. Queria que só houvesse a noite. Queria ser um pouco mais popular.

Queria ter vivido o movimento punk. Queria pular de pára-quedas. Queria que o refrigerante fosse mais saudável que a água. Queria ter conhecido os Beatles. Queria ter 18 anos pra sempre. Queria saber como é ser cego, surdo e mudo, sem ser. Queria ser um 'fora-da-lei'. Queria ver a neve. Queria ter um arqui-inimigo. Queria saber ler hieroglifos. Queria ter uma casa no campo. Queria conseguir falar tudo o que penso.

Queria ter a capacidade de escrever grandes textos.



O Músico

"Podemos apreender o caráter de um povo, de um momento histórico e de um ser humano pela música que ele pratica e ouve. A música não só revela os sentimentos e emoções íntimas do ser humano, mas também os gera e os transforma.

Neste sentido torna-se valioso o conhecimento do material utilizado pela música, mesmo que não o manipulemos como músicos; pois certamente somos mais influenciados pelas sonoridades que nos cercam do que gostaríamos de admitir.

A música pode nos levar a possibilidades de experiências jamais tentadas. Em todas as culturas antigas do mundo, a música existiu em função do ritual, do serviço a Deus, da expansão da consciência e das mais profundas experiências humanas. Os ritos e cultos xamanísticos, os rituais da África ou da América do Sul, do Extremo Oriente, trabalham com um conhecimento, que podemos chamar de inconsciente, de uma força primordial, ou lei, desencadeada através de manifestações musicais.

De qualquer maneira isso já seria interessante para nós ocidentais ou ocidentalizados. Poderíamos, e isso só cabe a nós, não só deixar essa energia agir de forma mágica, mas também experimentá-la conscientemente, tornando-a mais presente, a nosso dispor e com isso tornando-nos seres mais perfeitos, íntegros. Em suma, mais seres humanos.

Nas civilizações da antiguidade, o som organizado inteligentemente representava a mais elevada de todas as artes, e a música, a mais importante das ciências, o caminho mais poderoso da iluminação religiosa e a base de um governo estável e harmonioso. A música vigorosamente agia sobre o caráter do homem.

Hoje, nós modernos ou pós-modernos, pós-tudo, ex-tudo (como diz Augusto de Campos), não estudamos, não mudamos, emudecemos e o pior: ficamos surdos.

Quando não ouvimos

a própria voz

desafinamos.


Não consideramos mais o som audível um reflexo terreno de uma atividade vibratória, que se dá além do mundo físico, mais fundamental e mais próxima do âmago das coisas. Inaudível ao ouvido humano, esta atividade vibratória cósmica é a origem e a base de tudo que foi e continua a ser gerado no universo.

Além da música, a expressão do discurso era considerada um reflexo no mundo da matéria dos tons cósmicos. Esses tons cósmicos eram chamados pelos egípcios de 'o verbo' ou 'o verbo dos deuses'; pelos gregos de 'a música das esferas'.

As palavras, ouvidas por este diapasão, possuem um poder encantatório imenso. Já dizia Louis F. Céline que o trabalho com as palavras pode matar um homem. Se pode matá-lo pode também salvá-lo, digo. Os arranjos são infinitos, aprendamos a escolher.

No princípio, então, sempre esteve o som, o verbo, a palavra, o ritmo, o logos. Como na música, assim na vida, já ouvimos. Diga-me qual a palavra e te direi quem és.

Os poetas, a meu ver, têm a função de recuperar este poder encantatório das palavras, tão corroídas pelos clichês. A função do músico, por outro lado, é colocar ordem no caos. Os ruídos são muitos e a afinação e a harmonia (esta deusa/artesã que cria as formas mortais) revelam-se mais uma vez adequadas para este momento. De partes bem ajustadas assenhora-se o sábio do Todo.

Os ouvidos não têm pálpebras.

Conta-se que Villa Lobos, quando questionado sobre como conseguia compor com tantos ruídos externos (janela aberta aos sons da urbe ensandecida), respondeu com simplicidade: 'Meu filho, o ouvido externo não tem nada a ver com o ouvido interno'."


(Autor desconhecido)

Voltei. De novo.

Pois é.. tava sem nada pra fazer e resolvi ressucitar o blog de novo. Dessa vez, mudei o layout. Gostaram? :B

Enfim, a única novidade no momento é que minha mãe volta de Miami na terça-feira, e eu vou ganhar presentes \õ/ #criançafeliz.

Vou passar a postar outras coisas aqui, pra não ficar parado muito tempo.

See ya.

quarta-feira, 3 de março de 2010

De volta

Na verdade, não estou 'de volta', porque não fui a lugar algum. Apenas a velha preguiça de postar me deixou longe daqui.

Como não tenho nada realmente especial ou específico pra dizer, vou começar dizendo que a parada de trabalhar na antiga empresa do meu pai não deu certo, infelizmente. Mas tanto faz..

Bom, finalmente voltei pros estudos e pretendo fazer pré-vestibular onde eu estava estudando antes de me mandar pros EUA.

A minha mãe vai pra Miami com a minha avó amanhã, e meu pai chega na sexta. Terei aproximadamente 24h pra ficar totalmente sozinho em casa. FESTAAAAAAAA!! (NOT)

Meu pai disse que quer me levar pro RJ, mas não sei se quero ir. Não gosto muito do RJ .-.
Se eu tiver que ir, deve ser só por um fim de semana (espero).

Não sei como terminar esse post, então vou parar por aqui mesmo ._.
Depois vejo se arrumo alguma coisa realmente interessante pra postar aqui.


See ya.