quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Livros de 2012

Resolvi finalmente continuar minha lista de livros iniciada em 2011. Vamos lá:


1) Dragões de Éter - O primeiro da trilogia, Caçadores de Bruxas, está na lista de 2011 pois já estava na metade quando escrevi, mas só terminei de ler em janeiro. Os dois últimos livros não decepcionaram, formando uma série absolutamente incrível. Leitura obrigatória.

2) O Temor do Sábio - Segundo livro da trilogia A Crônica do Matador do Rei, de Patrick Rothfuss. Conta a história de um jovem e inteligente arcano chamado Kvothe, que se torna uma lenda viva após realizar feitos incríveis. Se Dragões de Éter é uma leitura obrigatória, não ler esta trilogia é o maior erro da sua vida.

3) Renascença - O primeiro da série Assassin's Creed, escrita por Oliver Bowden e baseada nos jogos de Patrice Desilets. Ótimo pra quem gosta de história e ação.

4) Todo Dia Tem Uma Merda - Um e-book grátis feito pelo blogueiro e youtuber Izzy Nobre, compilando textos sobre sua vida publicados no blog Hoje é Um Bom Dia. É de graça, é engraçado, vai lá baixar o seu.


Já adianto que a lista de 2013 vai ter no máximo 2 livros.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Nosso maior medo



"Nosso maior medo não é sermos inadequados.
Nosso maior medo é sermos poderosos além da conta.
É a nossa luz, e não nossa escuridão, que mais nos apavora.
Ser pequeno não serve ao mundo.
Não é nada sábio se encolher para as outras pessoas não se sentirem inseguras ao seu redor.
Todos nós fomos feitos para brilhar, como as crianças brilham.
Não está apenas em alguns de nós, está em todos nós.
E enquanto deixamos a nossa luz brilhar,
nós inconscientemente damos a outras pessoas a permissão de fazer o mesmo.
Enquanto nos libertamos dos nossos medos, nossa presença automaticamente liberta os outros".


retirado de Coach Carter - Treino para a vida

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Escrevi quando...



Quando quis criar um texto que tocasse as pessoas de alguma forma.
Quando falei sobre aqueles momentos de solidão, mesmo quando se está cercado de amigos.
Quando simplesmente demonstrei uma sincera revolta.
Quando quis deixar claro que destino não existe.
Quando o que escrevi deixou de ter significado.
Quando me proclamei mestre das desilusões.
Quando defendi o caos.
Quando percebi a ausência das nuvens.
Quando desejei uma noite calma entre amigos.
Quando retratei uma rotina perdida.
Quando desapareceram aqueles momentos de solidão.
Quando arruinei uma teoria.
Quando percebi que conclusões simples geram idéias fantásticas.
Quando tive saudade.
Quando tentaram mudar meus ideais.
Quando me afastaram.
Quando cansaram de mim.
Quando dormi em frases perfeitas.
Quando tive vontade de fugir.
Quando me senti nostálgico.
Quando falei da magia dos livros.
Quando me afastei.
 

E quando me arrependi.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Como você vê o mundo?

Olá leitora, olá leitoro.

Queria falar rapidamente com os senhores sobre esse projeto que comecei com o Samuel Ribeiro, chamado Como Você Vê o Mundo? (http://cvvom.tumblr.com)
 

É primeiramente um projeto de faculdade, mas se der certo poderá continuar sendo atualizado. A idéia é descobrir como diferentes pessoas encaram o mundo e a vida, de uma forma geral. Resolvi divulgar aqui porque é onde está a minha resposta para a pergunta, dividida entre vários textos.

Enfim, há também uma página do projeto no Facebook. Se puderem clicar e curtir, fico agradecido. Aliás, quem quiser participar, é só falar comigo ou com o Samuel.

É isso, até mais.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Aéreo



Começo a criar uma ligação entre aviões e depressão. Se tornou meu lugar variável e pessoal de torturas emocionais. Pois a cada viagem, o coração fica pra trás.

E nasce uma lista de paixões temporárias, cada uma com uma história emocionante ou bizarra. Paixões que talvez dependessem só dos momentos,  nunca das pessoas. Me sinto um psicopata do tempo, por mais que a vida devesse ser assim. Afinal, coisas boas nunca duram. Encontramos pequenos fragmentos da linha finita da felicidade que acompanha a interminável linha da vida.

De cima posso ver tudo, mas não vejo nada. A densidade dos pensamentos bloqueia minha visão, e só vejo passados. Aqueles que desejam ficar, voltar ou desaparecer. Um purgatório desorganizado, lotado e inquieto, quase vivo. O foco tarda, mas sempre chega. No meio da confusão, avisto o futuro.

Não costumo escolher futuros, sempre tão nebulosos. Escolho agora pela confusão do presente, prestes a formar um novo passado emocionante e bizarro. Desço do tempo que me carrega, pois ele já não sabe o que faz.

Alinhadas as direções, volto para os braços do acaso e deixo as preocupações para quem as necessita. Viver é mais interessante assim, adotando o não-saber. Constroem-se histórias espontâneas e valiosas para quem as necessita. Um anti-guia do futuro para os que sabem os caminhos do presente.

E aqui estou, aéreo, voando por maternidades e cemitérios.

domingo, 30 de junho de 2013

Aventura



Voei a observar as estrelas esta noite, com o Cruzeiro do Sul à minha direita e mil coisas a pensar. As idas não me inspiram como as voltas, mas tenho a quem lembrar sempre que me afasto. E lembro, no decorrer de uma época confusa, em meio a sentimentos confusos, daqueles que ficaram para trás. Depois busco companhia, pois cansei de pensar. Busco alguém que possa ocupar minha mente e me acalmar por um tempo. As consequências são ótimas noites de péssimo sono.

Observo o mundo abaixo, esperando vê-lo mudar de direção. Vítima do anseio por pedaços do passado que devem tardar a se repetir. Mas esqueço o impossível e prossigo, dividido e receoso. No passado não tinha nada e agora tenho demais. Mais do que se pode ter, mais do que um coração suporta. Opções que não podem caminhar juntas. Escolhas tão erradas e tão certas, que nunca imaginei ter de fazer. 

Através da infinitude escura não vejo nada além do próximo passo, nem gosto de tentar. O fim nunca existe, mas alguém sempre tenta criá-lo em qualquer caminho visível, seja próprio ou alheio. Assim são feitos os desvios, às vezes enlouquecedores ou torturantes. São feitas as decisões precipitadas que precedem o arrependimento, às vezes também precipitado. São feitas declarações, despedidas, mais declarações e uma saudação correta ou algumas novas saudações egoístas. Mas o certo não espera pra sempre.

Vontades vão e voltam, e deixo que me levem junto. Não fui programado para negá-las. Podem me destruir, se me alegrarem antes. São as decisões precipitadas, que precedem o arrependimento que a mim nunca chegou. O fim é triste mas o começo não foi um erro.

E se tiver sido, eu não quero estar certo.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Indecifrável



Vento frio num dia de sol. A mente vazia ganha brisas de inspiração que logo se esvaem. A tranquilidade plena não guarda pensamentos profundos. O dia passa e a mente passa o dia improdutiva a vagar, livre inclusive das preocupações que deveria ter.

A lua some em meio a chuva. A mente vazia torna-se densa ao unir palavras e frases soltas, a fim de libertar-se das angústias passadas e futuras, nunca presentes. Mesmo em tranquilidade plena a mente pode expor a arte que possui. Arte que nasce do cheiro dos livros, do som do ventilador e da cama desocupada. Nasce de tudo que compõe o nada; deuses pessoais agindo ao acaso.

Nuvens inertes guardam castelos em guerra enquanto transmitem paz. E a mente vazia é alimentada pela simplicidade, uma vez que se cansou do complexo. Vive entre livros em espera e novos amores, músicas antigas e velhas dores por nostalgia insegura de tempos nem tão distantes. Passa pela vida tentando viver, oferecendo algo além da existência monótona do apenas-mais-um. Corre em círculos tentando fugir.

Fugas são utópicas, graças à memória constantemente renovada. Todas as ações e escolhas ecoam eternamente, em forma de lembretes com bons propósitos. Há sempre novas luzes, novos ventos, outras nuvens e tormentos. Não existe vida sem problemas, preocupação é inútil. Dormir em território inimigo e acordar vivo é a melhor das conquistas.

Acordar debaixo de um sol que brilha contra chuvas, iluminando castelos e revelando fugas pela busca de recomeços em outras paragens. Selvagens aqueles que ficam, na crença de que são imutáveis ou capazes de criar algo melhor.

Porém toda ação é um código que denuncia outra. A atenção da mente vazia é quem molda a arte.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Lágrimas




Já podia ver as lágrimas no rosto dela, descendo devagar dos olhos claros. Apareciam como fantasmas, antecipando o fim. Transmitiam sentimentos que não desejava sentir ali. Tornavam mais densa a melancolia do ambiente. E desapareciam em seguida.

E já naquele momento, a despedida que ainda estava por vir mudou de sentido. Passou de um "até nunca mais" para "nos vemos em breve". Foram lágrimas que quebraram barreiras e o atingiram de tal forma, forçando-o a aceitar que havia perdido. A arriscar um futuro fadado ao fim. A crer na exceção.

E as noites. As noites que se tornariam tão solitárias e vazias, dando lugar às memórias felizes que o entristeciam por saber que não poderia mais tê-las no presente. Pensamentos não obedecem vontades. Agradeceu, porém, a capacidade sentimental que possuía; feliz por sentir-se vivo enquanto triste. Esqueceu dos princípios e deixou-se ter esperança. Um sentimento há tanto abandonado graças a uma escolha sábia. Mas o racional pode ser cansativo, e surge a vontade de arriscar.

Se deu conta de que nasceu como um colecionador de histórias. Percebeu que a única lógica que seguia era o rastro delas, pois mesmo os finais trágicos costumam pertencer a grandes histórias. Pessoas e lugares com algo a oferecer eram alimentos de um grande ego que só queria viver, sem se importar com resultados.

Então arriscou. Secou aquelas lágrimas e afastou os fantasmas que ele sabia que um dia voltariam. Ela abriu um sorriso tão real quanto aquela história seria. Um sorriso que ele se dedicaria a manter vivo.

Fez as memórias felizes voltarem, só porque era possível.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Medo



Fui traído pelo medo. Medo da rejeição, que eu não devia temer por estar acostumado a ela. O caminho mais seguro raramente é o melhor, e ainda assim insisto em seguir por ele. Ao seu fim, há sempre uma noite insone. Ou várias.

Deixei de arriscar, escolhendo conviver por dias e dias com o pior dos arrependimentos. Preferia não descobrir que o risco corrido se faria válido, que nenhum tipo de arrependimento ficaria pra depois. Mas das escolhas certas nascem bons momentos. Das erradas, nascem paixões.

E meus pensamentos voaram em busca de uma resposta, mesmo sem haver clareza na pergunta. Nunca esperaria nada da situação em que fui colocado, e eis que nasce outra grande história. Não posso dizer que é só mais uma sem final feliz, pois está longe de terminar. Encontrei dezenas de possibilidades e futuros distintos, mas nenhuma forma de trazer o momento de volta. Tive raiva de mim mesmo após a despedida e me perguntei a razão de ter ignorado tantos sinais, tentando me convencer a não fazê-lo de novo.

Pois quando menos se espera, surge alguém. Alguém que lhe rouba o coração com apenas um olhar, e às vezes é gentil o suficiente para compartilhar outros olhares, demorados, quase eternos. Olhares que ainda parecem estar lá, não importa o tempo que se foi.

Aquela chance pode voltar, mas seria uma rara excessão. Tantas já foram perdidas, deixando pra trás apenas a lembrança de ver o momento ideal escorregar pelos meus dedos, incapaz de fechá-los.

E todas as idéias que salvariam o momento, vindo a mim com atraso inaceitável.