quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Livros de 2011

Pois então, estamos chegando a mais uma virada de ano, daí resolvi fazer uma semi-lista dos os livros que li em 2011. E quem sabe não continuo essa 'série' nos anos seguintes.

Li um total de 11 livros esse ano (estou terminando o 11º), todos muito bons e muito recomendados por mim para os senhores. E vamos à lista, começando com...


1) Percy Jackson e os Olimpianos (cinco livros) - É, resolvi resumir a lista porque seria complicado falar de cada livro de cada série separadamente. O que posso dizer é que essa série é excelente. Eu comecei a ler mais por curiosidade devido ao lançamento do filme O Ladrão de Raios, que levaria o primeiro livro da série pro cinema. Eu vi o filme antes, e todos diziam que não tinha nada a ver com o livro (e realmente não tem). Com a série, descobri que gosto muito de mitologia, tanto grega quanto romana, e me deu vontade de estudar as duas mais a fundo. Descobri também que Rick Riordan é um ótimo escritor, e por isso li depois o primeiro livro da nova série dele, que dá continuação à série de Percy Jackson.

2) O Herói Perdido - Esse é o livro que continua a série citada no primeiro item, dando origem à série Os Heróis do Olimpo. O livro é bom, mas não tanto quando comparado aos da série anterior. Estou aguardando a continuação, porque muitas perguntas ficaram no ar com o final desse primeiro livro. Mas o segundo parece ainda não ter chegado no Brasil. Só espero - e acredito - que ele tenha respostas.

3) As Crônicas do Mundo Emerso (trilogia) - Outra série excelente. Peguei os 3 livros emprestados com a minha namorada, e nem tinha certeza se queria ler, mas não me arrependi. Outro tipo de história que me agrada é a medieval, ainda mais envolvendo magia e coisas sobrenaturais. Gosto de ficção. E Licia Troisi conseguiu combinar perfeitamente os elementos, produzindo uma série envolvente que merece ser lida.

4) As Últimas Quatro Coisas - Continuação do primeiro livro da trilogia de Paul Hoffman, A Mão Esquerda de Deus, que também já foi citado em um post antigo onde eu tentei fazer uma retrospectiva de 2010 (e falhei miseravelmente). O livro é quase excelente. Achei o começo meio chato e monótono, mas depois vai ficando cada vez mais interessante. Comparado ao primeiro, o primeiro ganha. Mas vale a pena, e quero muito ler o próximo.

5) Caçadores de Bruxas - O primeiro livro da trilogia Dragões de Éter, que já parece ser inteiramente excelente também. Raphael Draccon é um escritor brasileiro, e só descobri isso depois de começar a ler o livro. Ele tem uma forma um pouco diferente de narrar histórias, conversando com o leitor de vez em quando. Demorei um pouco pra me adaptar a isso, mas acabei gostando depois. Quanto ao livro, é simplesmente incrível. Nele você encontra histórias infantis antigas e muito conhecidas por qualquer um, vistas de um ângulo totalmente diferente mas que parece absurdamente verdadeiro, entrelaçando as histórias e mostrando um lado genial e assustador das mesmas. Mal posso esperar para ler o resto da série.



E é isso aí, espero que isso incentive alguns de vocês a ler alguns desses livros, porque realmente valem a pena. E vocês já sabem o que me dar de presente também.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Leitor



Mergulhava em diversos outros mundos através de palavras impressas em páginas marcadas. Passou as tardes na varanda imerso em histórias envolventes, se sentindo parte delas, enquanto o céu desabava sobre a cidade lá fora. Em momentos como aquele se sentia feliz por encontrar tão fantástica rota de fuga das tempestades metafóricas. Sua personalidade era refletida e construída naqueles livros, naqueles personagens. Aquilo o alimentava, preenchia vazios causados pela abundância de realidade negativa ao seu redor, onde quer que fosse.

E onde quer que fosse, lia. Para esquecer, para lembrar, para viver vidas e histórias que não eram suas, mas eram melhores. Conheceu lugares fantásticos sem sair da sua boa e velha varanda, cuja janela recebia silenciosamente as gotas de chuva que provocavam o ambiente agradável de que tanto gostava. Acompanhado de café e biscoitos, saía de seu mundo triste para onde podia libertar a mente, o que causava sempre uma sensação revigorante ao lhe transmitir novos conhecimentos e muitas possibilidades.

Passava noites em claro em sua cama, iluminado apenas por uma pequena lanterna azul. Lia, madrugada adentro, versos reais ou fictícios de histórias que desejaria viver. O contraste entre tamanhas aventuras frente a sua rotina monótona era absurdo, e o ofuscava. Sonhava em um dia presenciar, ou até mesmo fazer parte de algo que pudesse contar com orgulho para os descendentes. Na verdade já havia conseguido antes, mas o final não foi nada feliz. Queria vencer, ao menos uma vez.

Mas não se deixaria abater. Os livros, em toda sua magia que provinha de algo tão simples e ao mesmo tempo tão poderoso, lhe davam uma ponta de esperança. E não se esforçava para que essa esperança crescesse, pois sabia que a decepção seria maior. Coisas boas nunca duram. Ainda assim, seguia em frente, guiado pelo anseio do conhecimento que o alcançava todos os dias. Sabia que seria útil no futuro, fosse amanhã ou daqui a vinte anos.

Tentou escrever suas próprias fantasias, mas desistiu cedo. Pretendia tentar mais tarde, quando acreditasse que havia amadurecido um pouco mais, e então seria capaz de encantar outros leitores. Leitores que, como ele, não queriam viver o mesmo mundo. Nunca estariam satisfeitos.

Mas ele, apesar de todos os esforços para escapar do seu mundo, nunca se esquecia de viver realmente.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Músicas



Há músicas que me lembram as emoções de determinada época da minha vida. Me lembram de certos aspectos da minha personalidade que ficaram perdidos no tempo, e às vezes tento encontrá-los, pois me agradavam. Pela música consigo perceber como as fases da minha vida passam, às vezes divididas em espaços de tempo tão pequenos, mas ainda assim tão significativas e marcantes.

É engraçado notar os diferentes significados que as canções me passam ao longo do tempo, ainda com as mesmas palavras, mas agora vistas de outro ângulo. Uma perspectiva ao menos um pouco mais amadurecida, sendo outro dom também trazido pelo tempo, e, se posso dizer, pela experiência.

Mas às vezes nada de novo foi dito. A mensagem permanece a mesma, porém me traz novamente uma certa filosofia que me ficou perdida no passado. Volto a ter pensamentos antigos, criando um ciclo criativo e expansivo que começa sozinho por aumentar o meu ser. Me faz crer, ao ser maior que o meu ceticismo, que o tempo nunca é realmente deixado para trás, voltando à mente de vez em quando para acrescentar algo à essência do existir.

Tudo isso poderia ser um dos muitos fragmentos que compõem o sentido da vida. Então, olhando para a minha própria, acredito poder dizer que a música é, sim, essencial.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sempre buscando - primeira parte



Elas são perigosas. O atacaram de tal forma que mal pode reagir. Tentou desesperadamente reverter o efeito e reparar o dano, mas era tarde. É como dizem: "não vão atacar a não ser que se sintam atacadas", mas o contra-ataque é sempre mais forte do que se espera.

E não são todas que seguem tal regra. Às vezes atacam mesmo sem motivo aparente, deixando a vítima absurdamente destroçada. Sua ação é sempre devastadora pois nunca é o que se espera de tais criaturas. Esperamos apenas o doce clichê do 'amor e carinho' que tantos julgam como essencial, mas normalmente não passa de idealismo.

Já aceitei que a minha vez também chegará. Sinto sua inevitabilidade na pele. Ainda não acredito que haja defesa para esse tipo de golpe, e não espero encontrar uma até lá. Só espero encontrar forças para levantar outra vez, talvez contando com a ajuda de irmãos de espírito. E enfim desistir dessa busca cega e estúpida por amparo em terceiros.

Porém, ainda que seja difícil conviver com a dor que elas causam, talvez mais difícil ainda seja viver sem o conforto que elas proporcionam.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Guitarras, baterias e shows

Meu primeiro instrumento foi um violão Di Giorgio velho que achei meio jogado na minha casa na época. Era da minha tia. Eu tinha uns 12 anos e resolvi começar a ter aulas. Fui aprendendo a tocar, e com 15 ganhei minha primeira guitarra. Uma Washburn foda que vi em uma loja no shopping e quis tê-la imediatamente, mas me contentei em tê-la apenas no dia seguinte.


Comecei a tocar na casa de um amigo meu que tocava bateria. Tentamos por muito tempo formar uma banda, mas não conseguimos de jeito nenhum. Mesmo assim, ensaiávamos direto: eu na guitarra, ele na bateria e um playback pra acompanhar. Um tempo depois, ele me ensinou o groove mais básico que existe na bateria, e gostei de tocar, mas não me animei muito pois sabia que não poderia comprar uma.

Mais tarde, um pessoal da minha sala do 2º ano perguntou se eu sabia tocar bateria. Disse que só sabia o básico do básico, mas mesmo assim insistiram que eu ensaiasse com a banda deles pra ver se dava certo. Então, peguei a set-list que eles planejaram pro ensaio e comecei a treinar em casa apenas fazendo air drums, tentando reproduzir os sons das músicas mentalmente, ou batendo no travesseiro com canetas. Alguns vídeos de drum cover depois, e eu já sabia tocar Paranoid, do Black Sabbath.

Tivemos apenas um ensaio, mas foi o suficiente para que eu decidisse ser baterista, além de guitarrista. Ganhei uma bateria eletrônica no Natal de 2008 e comecei a treinar. Passei a ter aulas uns 2 meses depois, e parei no fim de 2009 (depois de ter 4 meses de aula em Miami, onde também comprei mais uma guitarra), mas continuei aprendendo sozinho. Depois comecei a gravar covers pro YouTube (se quiser ver meus primeiros vídeos de bateria, clique aqui).


Eu tocando com meus irmãos num estúdio de BH (Janeiro de 2009)

Fui chamado pra algumas bandas como baterista, mas nenhuma foi além de alguns ensaios. Tentei também com alguns amigos da escola, mas deu no mesmo. Continuei apenas treinando e gravando mais vídeos ao longo do tempo, esperando conseguir alguma hora montar uma banda que desse certo.


Ensaio com amigos da escola
(clique aqui pra me ver tocando isso direito)



Ensaio com outra banda que tive, "Música Urbana"
(banda cover de Capital Inicial)



 Ensaio com um projeto de banda de Hard Rock


Mas finalmente, em Maio de 2011 fui chamado pra minha atual banda, Infiel Baluarte. Já postei sobre ela aqui, incluindo dois vídeos em que participávamos de uma seleção que escolheria 7 entre 47 bandas, e fomos selecionados para tocar no Ilha Shows de Vitória nesse sábado (29/10) disputando a final do 1º Festival de Música do UP. Não ganhamos, mas na verdade escrevi esse texto todo apenas para falar o seguinte:

Mesmo não ganhando, eu me diverti muito tocando lá. E pude ter certeza de que é exatamente isso que quero fazer da vida: ser o baterista de uma banda (se possível, a Infiel). Sei que não é fácil ganhar espaço no mundo da música, mas acredito que iremos continuar tentando. E se não for mesmo possível seguir essa carreira, será meu principal hobby. A experiência foi mais interessante do que eu esperava. Eu sequer consigo me lembrar da apresentação inteira, nem se realmente fiz tudo certo. Minha teoria é que eu simplesmente me entreguei à música naquele momento, fiz exatamente o que devia fazer e me senti bem.



Espero poder repetir esta experiência muitas outras vezes, pois aprendi bastante. Foi incrível vivenciar tudo aquilo ao lado de amigos. Faltaram alguns, mas haverá outras oportunidades.

Ah sim, e aqui está a principal consequência do show:

=(

E é isso aí, pretendo continuar minha ~história musical~ a partir daqui. Fiquem ligadinhos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quase um Star Wars



Quando vi, já estava no meio da batalha. Era quase um Star Wars, mas com espadas normais. Incorporei um mago e guerreiro ao mesmo tempo, lutando ao lado do meu mestre e da sua nova aprendiz. Lutávamos contra um mago poderoso - que pretendia dominar as terras livres - e seus soldados. Estávamos numa sala relativamente pequena de uma fortaleza que tentávamos defender. E estávamos falhando.

Eu até que estava indo bem, mas ficávamos cada vez mais encurralados. Depois de um feitiço potente lançado pelo meu mestre, o mago e seus soldados recuaram para a outra sala no fim do corredor. Permanecemos ali para recobrar nossas energias. Estava escuro, então acendi meu místico lampião colocando-o numa pequena plataforma quadrada que emanava energia, carregando-o.

E então, vimos uma grande massa de energia transparente avançando rápido pelo corredor estreito, acompanhada por um som estridente. Em seguida fomos atirados para a parede oposta, e o mago entrou com seus soldados, cada um segurando uma grande placa de ferro. Eram muitos, não havia nada que pudéssemos fazer. Tentei lançar um feitiço, que acertou numa das placas de ferro e ricocheteou na parede.

Os soldados caminharam calmamente em nossa direção e posicionaram as placas na nossa frente, prendendo-nos quase completamente contra a parede. Depois se afastaram e o mago começou seu discurso pré-dominação característico de todo vilão que sempre os impede de vencer. E foi justamente o que aconteceu.

Enquanto ele falava, com a ajuda de meu mestre, consegui discretamente soltar uma das placas de ferro que me prendiam. Esperei o momento certo, depois empurrei a placa para frente com força e saltei, nocauteando o mago e afastando os soltados com a espada. Libertei meu mestre e sua aprendiz, voltamos a lutar e vencemos. Acordei.

domingo, 18 de setembro de 2011

Infiel Baluarte

Esse é o nome da minha banda, que já mencionei neste post, e aqui estão dois vídeos de uma apresentação nossa numa seleção pra um festival de música:




Se curtirem, comentem :)

UPDATE:

Passamos na seleção e vamos tocar no Ilha Shows dia 29/10. Apareçam \o/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Guerra



Ao fechar os olhos, posso ver com clareza a guerra que acontece dentro de mim. Mísseis voando para todos os lados, explosões, mal-estar. Não é exatamente a noite de sono que eu esperava. E olha que o meu dia não tinha sido ruim.

Pensamentos serenos conseguem acalmar a guerra aos poucos. As idéias vão se esvaindo. A mente, quase limpa, volta a tentar descansar. Levando em conta todos os acontecimentos do dia e a intensidade do combate interior, talvez o poder da mente exista de alguma forma, afinal.

Na luta da mente contra o corpo e a própria mente, consegui escapar para o imaginário. Ainda não dominava plenamente a arte dos sonhos lúcidos, portanto entreguei-me ao escuro e ao acaso, desaparecendo por cem anos, ou até a morte. O que quer que durasse mais.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Divagações da madrugada #7

"Boa tarde, poderia falar com o Diego?"
"Eu."
"Opa, tudo bom? Então, tô lendo seu blog aqui, e é melhor você parar de falar merda ou eu vou te quebrar."
"Ah, beleza então."
"Ouviu? Seu merda."
Click.

Sim, isso aconteceu mesmo. Algum (suponho) crente imbecil resolveu me ameaçar pelo interfone, algumas horas depois de eu lançar este post. Como eu sempre demoro pra fazer um 'divagações da madrugada', ou qualquer outro post onde eu fale sobre qualquer coisa, ele deve ter achado que eu fiquei com medo. LOLOLOLOLOL

Aliás, queria saber que que essa gente tá fazendo no meu blog.


Enfim, não vim falar disso. Basicamente, vim falar da minha ~relativamente nova~ banda, Infiel Baluarte.




A música do vídeo acima é a mais nova até agora, e ainda não ensaiamos. O vocalista/guitarrista @pbfagundes fez essa versão em algum programa aí. (Se quiserem, entrem no vídeo pela página do YouTube e vejam a descrição para conhecer todos os integrantes)

Em breve farei um cover de outra música nossa já gravada em estúdio, que também será disponibilizada no SoundCloud, e aí vocês poderão ver como nosso som é maneirinho. :)

Se quiserem ver meus últimos covers além desse, entrem aqui: http://www.youtube.com/dmlrockdrummer


Bom, vocês - poucos, bem poucos - que acompanham o blog devem ter reparado a queda de produtividade de textos. O motivo é que eu não estou mais vagabundando no pré-vestibular, e sim fazendo faculdade de Publicidade (vagabundando menos). Ou seja, só escrevo quando tenho boas ondas de inspiração. Aliás, encontrei um que comecei há tempos mas esqueci de terminar. Então, tem texto saindo soon enough.


Mudando de assunto de novo, hoje eu assisti o último filme de Harry Potter. E com esse ótimo filme, acabou a saga da minha infância. Mas um dia eu leio/assisto tudo de novo. Aliás, se alguém quiser me dar o segundo livro... É o único que eu não tenho, porque peguei emprestado do meu vizinho em vez de comprar.

Eu acho que tinha uns 12 anos quando minha tia disse que tinha um presente pra mim. Eu abri, e era um livro. Harry Potter e a Pedra Filosofal. Tentei não parecer decepcionado, e pensei que nunca ia ler. Então minha mãe se ofereceu para ler pra mim toda noite antes de eu dormir. E assim, passei a gostar da história. Comecei a ler por conta própria a partir da metade, e não parei mais. Ainda lembro um pouco das discussões com os meus amigos sobre a história e as especulações de quantos livros seriam. E brincávamos no prédio com galhos de árvore como varinhas, lol. Aliás, lembro que não gostei de saber como aquilo estava se espalhando, queria que fosse uma coisa 'minha'. Eu era underground e não sabia.

Apesar de os ~fãs~ de hoje estarem estragando tudo o que a história representava, foi algo que me marcou.


Bom, chega de divagação. VO DORME.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Elemento



Meu eu verdadeiro, há tempos desaparecido, e meu eu criado e evoluído por mim ao longo dos anos, encontraram um terceiro elemento. Tal elemento não pode ser definido meramente por palavras, mas sua influência é colossal. Foi capaz de despertar minha essência perdida, fazendo-a entrar em conflito com minha personalidade desenvolvida. E isso tudo, por incrível que pareça, me trouxe paz.

Me sinto completo, enfim. As indecisões agora vão se esvaindo devagar, e vejo meus passos mais claramente. Fui capaz de ver um futuro nem tão assustador assim. O terceiro elemento, vindo de um encontro casual, tornou-se indispensável. E no dia em que resolver partir, me banirá mais uma vez para o deserto de angústia do qual me resgatou.

Não posso lutar contra o que sinto, por isso luto para mantê-lo comigo. E por causa da paz trazida por ele, passei a sentir novamente pequenos vestígios de medo ao encarar aquilo que alimenta meu lado mais sombrio. Mas resisto por saber que você, portadora do terceiro elemento, está comigo.

E não me deixará partir tão cedo.

sábado, 4 de junho de 2011

Um Propósito



Quero mas não quero dormir. Meu corpo precisa descansar, mas os sonhos não têm sido amigáveis. A realidade, pela primeira vez, está sendo mais agradável do que a imaginação involuntária. Talvez esse seria o propósito final da existência. Superar o infinito das possibilidades.

Mas tê-lo atingido tão cedo não parece correto de alguma forma. Algo ainda deve estar errado. Provavelmente porque não vivi o suficiente para realizar os tantos planos que a infinita imaginação involuntária me fez o favor de criar. Talvez, por esse motivo, o propósito final da existência seja inalcançável. Talvez ele nem mesmo exista, tendo sido criado pela própria imaginação.

É isso o que sabemos fazer melhor. Criar, sem perceber, inúmeras metas impossíveis que sempre nos farão viver com a sensação de uma vida incompleta.

Mas o segredo é saber que o que nos completa, de verdade, é a vida de outra pessoa.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Protesto em Vitória

Seguinte: hoje teve um protesto aqui em Vitória pelo passe-livre para estudantes nos ônibus. E resolveram passar na minha rua. Teve até confronto com tropa de choque. E eu filmei ~quase~ tudo:

UPDATE:
Por favor, abram o vídeo na página do YouTube e cliquem no anúncio ao lado do vídeo para que eu fique rico. Obrigado.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Espaço - Tempo



Ouço uma melodia suave, que me remete sem querer às minhas vagas memórias do meu passado. Um passado não tão distante, mas envelhecido. A melodia - que me parece familiar - vai ecoando ao meu redor, retratando uma mistura de angústia e liberdade, não mais antiquada como antes.

Uma guerra interna começara, e minha mente se partia. Tudo o que eu conhecia tornou-se obsoleto, e as lembranças vagavam pelo tempo, absurdamente fora de ordem. Podia ver tudo, sentir tudo, mas estava preso aos pensamentos.

Dei a chance pela qual a melodia implorava, submergindo então em indecisões cada vez mais malignas, resultando em ações abstratas. Tudo o que fazia sentido parecia insensato. Mas, ora, eu nunca realmente me preocupei com a sensatez.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um desejo



Sonhar com a garota dos sonhos. A tortura dos desacompanhados, e a alegria daqueles que encontram uma pessoa com quem dividir a vida.

Ter a sorte de ser um dos últimos, eu tenho, podendo vê-la no mundo real e no mundo que poderia ser chamado de surreal. E ainda assim conseguir sentir sua falta, sentir saudade de me perder no seu olhar que sempre parece ver o meu interior, meu verdadeiro eu, que está adormecido para o mundo há tempos, e só tem a chance de despertar enquanto ao seu lado.

Sonho com o nosso futuro, coisa que não era capaz de fazer pelo meu próprio antes da sua entrada triunfal, que me apresentou a vida. E vista dos melhores ângulos, posso dizer que me foi apresentada a verdadeira felicidade ao mesmo tempo. Feliz ao ter você para dividir todos os bons momentos, até mesmo os que já havia vivenciado antes, quando não percebi sua importância por tê-lo presenciado solitário. E até mesmo os momentos ruins, que com sua presença, se encolheram em insignificância.

Feliz ao saber que mesmo que tudo isso um dia acabe, sempre terei uma parte de você comigo. Nunca nos abandonaremos realmente. Mas ter tal conhecimento não significa que não posso desejar sua companhia ao atravessar os anos.

Pois assim, terei certeza, serão anos felizes. Dignos de uma vida imortal.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

No escuro da estrada



Em uma noite fria na estrada, todas as músicas ficam melhores. Os pensamentos se clareiam, a vida parece mais simples, a sensação é de imortalidade. É possível aceitar quase qualquer coisa, mas com os limites da mente mais cética. Seria possível viver para sempre, sem rumo, mas sempre em movimento.

Não ter um destino é a parte emocionante. Ser acompanhado apenas pelas estrelas e pela lua que parece lhe seguir, produzindo um aspecto místico. E a cada curva, um renascimento. As idéias vão mudando, e não precisam se manter coerentes para serem precisas. Nada parece dar errado, em contraste com uma vida cheia de erros que fora deixada para trás.

Mas enquanto não lhe há coragem para dar vida a sua mente insana e porém lúcida, permanece onde está, com as mãos em seus bolsos metafóricos, observando de longe as pessoas atravessando lentamente - embora fatalmente - sua vida monótona e depressiva. Pedaços dele os acompanham, girando o mundo sem o seu conhecimento.

Sonhos são seu único refúgio. Pesadelos são seu melhor inferno.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Divagações da madrugada #6

Véspera de feriado.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWWWWWWWWWWWW
YYYYYYYYYEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAA

Pois é, a tal da Páscoa tá chegando. Dia de você se revoltar comigo por eu ser ateu e ainda assim ganhar mais ovo de chocolate que você. (porque pra quem não sabe, Páscoa é pra "comemorar" a "ressurreição" de Jesus e tal)

Enfim, vamos às 'novidades':

Tem cover novo aqui: http://www.youtube.com/user/dmlrockdrummer - Assiste lá, se inscreve no canal e etc. Devem sair mais alguns esses dias.

Tem vídeo novo aqui também: http://www.youtube.com/user/uodefuk

Vitória alagou de novo hoje, mas isso não é novidade.

Vou botar uma música aqui.
Now playing: Parade - Garbage

Pronto, agora entramos no clima pra divagar de verdade.


A felicidade mais sincera que existe é aquela que vem da música. De verdade. Algum dia você, sozinho(a) em casa, já ligou o som bem alto e se sentiu a pessoa mais feliz do mundo, sorrindo que nem um idiota? Pois é.

Na verdade não tenho certeza se isso já aconteceu com (quase) todo mundo. Mas acontece comigo frequentemente. E por esse e outros motivos, posso dizer que sou com certeza um grande amante da música. Poderia dizer que ela é a minha religião, e com certeza é mais eficiente do que qualquer outra. Começando pelo fato de que a sua existência é inegável. A música existe. E transmite sentimentos 'concretos', não imaginativos. É possível se identificar com as letras de tal forma que parece que foram escritas baseadas na sua vida e na sua personalidade.

A música pode melhorar seu astral, seu desempenho, sua criatividade, sua auto-estima, e servir como estímulo. Divindade alguma garante tudo isso. Embora muitos se enganem acreditando que sim.

É possível criar música. Qualquer um pode. Escrever sua própria letra, escolher suas próprias notas, transmitir pensamentos e sentimentos da maneira que preferir. Sem limites.

A música é algo puro, e legitimamente real e infinito. E, indubitavelmente, estará sempre com você.

*Fim da divagação*

Se não me engano, todas as minhas 'divagações' até agora tiveram a ver com música. Não sei se isso é bom ou ruim, mas enfim... É isso aí.


See ya.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Viagem



E então ele partiu. Sem olhar para trás, sem deixar endereço. Foi embora buscando algo que fosse simplesmente diferente de tudo. Tudo aquilo que já lhe fora apresentado pela vida, tudo aquilo que já não parecia mais tão interessante.

Partiu sem rumo, vivenciando uma das melhores aventuras oferecidas por aquilo que nos cerca, uma aventura almejada por muitos sonhadores sem oportunidade. A vontade de explorar era maior que o medo de fracassar.

Seu lar era sua mente. Nela, ele armazenava tudo o que aprendia e o que conhecia. Coisas novas não paravam de surgir. O mundo pode ser infinito, se souber onde procurar.

Não sentia falta do que ficou para trás. Passou a perceber como sua vida era monótona e infeliz, e como estava preso a ela. Virou outra pessoa ao se libertar. Viu o mundo de outras formas. As pessoas, as paisagens... Tudo parecia mais claro. Mais vivo. Deixaram de ser meros figurantes para fazer parte de algo maior. De uma aventura, uma experiência de vida. Uma vida que já não pertencia a alguém que simplesmente existia.

Pertencia a alguém que passou a viver.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um Novo Mundo



Como posso amar-te tanto? Até mesmo minha escrita é melhor quando é sobre você. Não parece fazer sentido.

Mas quem disse que sentido é necessário? A maior parte das melhores coisas da vida são aquelas que dispensam explicação, pois são maravilhosas por si só. E o que nós temos – um amor que vai além dos sentidos da vida – é a prova mais viva disso.

A mais viva, pois todas as outras parecem insignificantes perto do que sentimos. Algo "sem sentido" que fez a minha vida finalmente ter algum. Algo que, antes de você, eu não tinha certeza que existia, mas sonhava em um dia experimentar.

E você me deu a chance. Fez todas as minhas passadas desilusões amorosas parecerem supérfluas. E provavelmente eram. Você me abriu os olhos, me fez enxergar um mundo novo, que até então eu desconhecia.

Um mundo fora do qual eu não existo. O seu mundo.

O Fim e a Volta do Sempre



"Cansei de você", ela disse, como se fosse algo natural. Os olhos dele encheram-se de lágrimas, se recusando a acreditar. Tudo pelo que ele lutou, se desmoronando à sua frente.

Seu coração parou por um segundo, protestando. Como seguiria em frente? Sua mente perdera todas as respostas. Vinha vivendo uma mentira, e perceber isso fez o medo apoderar-se dele. Suas mãos tremiam. Seu corpo tremia.

Ele se desculpou, sem nem saber o motivo. Só queria consertar tudo, mesmo sem ter idéia de nada. Mas tudo continuava escurecendo, desabando, fugindo de dentro dele.

Mas ele não queria morrer. Queria apenas abraçá-la outra vez. Para sempre. Faria de tudo para recuperá-la, mas estava preso. Seu medo o acorrentou. A felicidade que a mentira alimentava há tempos o abandonou num piscar de olhos. Ela abriu a boca outra vez:

– Mas ainda te amo.

E a esperança respirou novamente.

sábado, 12 de março de 2011

Nós dois



Você tem o poder de me fazer sorrir, mesmo no pior dos meus dias. Ainda estou aprendendo a lidar com a perda do meu mau-humor rotineiro que me acompanhava, e a me acostumar com essa alegria que se acomodou em mim, e que se renova cada vez que vejo seu rosto.

Você tem o poder de me fazer ver o lado bom de certas coisas, eliminando todo aquele meu antigo pessimismo. Tudo é bom com você. A sua simples presença torna agradável até mesmo o pior dos momentos.

Você, aos poucos, tem feito de mim uma pessoa melhor, mesmo sem perceber. Por sua causa eu tive a oportunidade de olhar para o meu futuro e finalmente sorrir. Pude ver a felicidade que nos aguarda, e todos os problemas se afastaram.

Em mim, agora, não há mais eu. Não há mais você. Há apenas nós dois.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Divagações da madrugada #5

Rapaz, faz tempo que não faço um 'divagações da madrugada', hein. Pois é. E nem é madrugada ainda.

Tá passando Madagascar. Acho que é o 3. (tem 3?)

Tô com preguiça de abrir o iTunes porque trava o pc todo, então não dá pra ouvir música. Aí eu lembro que existe fone de ouvido, né. Peraí.

Pronto, botei um Green Day maneiro aqui. O legal é que antes eu tinha um certo preconceito com Green Day, e me recusava a ouvir qualquer música deles. Odiava sem saber mesmo. Foi então que eu ouvi American Idiot e tudo mudou. Viciei nesta merda de Green Day. Mais especificamente, no álbum 21st Century Breakdown. E algumas músicas de outros álbuns.

E o Billie Joe é foda bagaraio.

Acho que não cheguei a comentar isso aqui, mas entrei na faculdade de publicidade esse ano. Tá legalzinho até. Menos a parte que eu tive que fazer um trabalho gigante e extremamente chato que me tirou a tarde toda de ontem.

E tem aula de Sociologia, mano. Puta que pariu. Tudo é problema social, que precisa de sociólogos pra usar uma das 312 sociologias que existem pra resolver o problema social. E foda foi descobrir que a matéria é irrelevante pros próximos períodos. Fucking hipsters.
Pelo menos no próximo tem fotografia. \õ/

Falando em hipster, peraí que tô fazendo outra imagem pro tumblr.
Terminei. Vou postar.
Postei. Voltando.

Então, achei que ia voltar a escrever mais textos durante as aulas, mas é faculdade né. E eu simplesmente não consigo escrever em casa a não ser que venha um acesso de inspiração. O que é raro. Portanto, desculpem pela falta de atualizações (se é que alguém sente falta). Mas tenho gravado drum covers, e agora tenho o Sony Vegas pra editar as parada. Só editei um vídeo com ele até agora. Gravei mais alguns hoje, mas não consigo editar por causa de problemas com o áudio. Maldito Sony Vegas.
Enfim, se quiser ver os vídeos mais novos, clique aqui.

Outra novidade: voltei pra academia. A pedido da namorada, claro, porque se não fosse ela eu seria semi-sedentário pro resto da vida.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Esquecido



É impressionante como as pessoas vêm e vão. Todas entraram na vida dele quase que da mesma forma. Algumas se tornaram importantes. Outras, nem tanto. Mas elas saíram de sua vida com a mesma facilidade.

Pessoas que um dia acreditou que as teria ao seu lado por longos anos, hoje passam por ele como se nunca tivesse existido. Difícil acreditar que a amizade delas não valeria a pena, mas parecia verdade. Além de ser frustrante pra ele, que sempre soube escolher seus amigos.

Muitos se foram, mas os melhores ficaram. Sabia que eram os melhores, ou não teriam durado tanto. Se foram algumas vezes, mas sempre voltaram, leais como antes.

Os outros viraram meras lembranças, que vão ficando cada vez mais distantes com o tempo. Apesar do papel importante, mentiram, e o abandonaram. Lembranças.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Não mude



Mudar uma personalidade forte leva tempo. Assim como ela leva tempo para ser construída. E ninguém mudaria algo construído com tanto esforço por vontade própria.

É preciso uma força maior. O próprio tempo, ou uma pessoa importante na vida de alguém. E mais do que tudo, é preciso paciência. Uma personalidade forte sempre será relutante e cabeça dura, e não é a revolta de outro alguém que vai vencê-la. É a calma. Ou o carinho, como queira chamar.

Mas por este ser o melhor meio, não quer dizer que será rápido.

Mudar alguém é, na maioria das vezes, desnecessário, desgastante e desrespeitoso. Boa parte das personalidades fortes são admiráveis, e o egoísmo mal canalizado dos outros as destrói. Estão ficando cada vez mais raras, deixando o mundo ao redor cada vez mais monótono. As pessoas são as mesmas, são iguais.

Nada muda pelas mãos daqueles que não se importam em fazer a diferença.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ela



A saudade dói, e ela veio com força dessa vez. Mesmo com a imensidão azul à minha volta, meus pensamentos ainda constantemente giravam em torno dela. Aquela que se tornou minha única e verdadeira motivação para qualquer coisa.

Essa saudade que me tira o sono e me deixa morto de cansaço, mas que ainda me dá forças pra querer te ver outra vez, te abraçar, e não sair dali nunca mais. E a tortura que é carregar a maldição dos momentos que duram pouco, mesmo quando desejo do fundo da alma que eles durem para sempre, aqui e agora.

Parece mesmo bobagem e clichê, mas a vida se tornou realmente inimaginável sem ela ao meu lado. Aquela que me faz sorrir nos piores momentos. Fazendo piores momentos não existirem mais. Não, só com ela posso ver o lado bom, a parte iluminada de todos os meus tormentos, tudo que antes eu fazia questão de ignorar.

Cada reencontro é um renascimento, a possibilidade de emergir dos tempos onde permaneci submerso em depressão, seguindo apenas para vê-la novamente.

E se a amo com tudo o que sou, ela é tudo o que tenho.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ATENÇÃO AMIGOS

Só queria avisar que finalmente criei uma nova página no blog: "Sobre os Textos".

Podem acessá-la clicando ali em cima, no cabeçalho (ou no link desse post né, lol). Nela, vou comentar sobre a maioria dos textos que posto aqui, o que me levou a escrevê-los, etc.

Bom, vou aproveitar pra dizer que não tenho postado porque estou de férias e 99% da minha produção era feita nas aulas. Tenho textos incompletos sem data pra lançamento.

Té mais.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em Busca da Felicidade



Como um fraco que procura a força. Como um plebeu que procura a nobreza. Como um cavaleiro que busca a grandeza. Como um sonhador, que corre atrás do dia perfeito.

Como um moribundo que busca a vida, ou como um assassino que busca a morte. Como um viajante, cuja vida depende da estrada. Como um músico, que procura o som que toque a alma dos homens.

E todos aqueles que, com as suas vidas, buscaram algo, são a menor representação de como eu busco você.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Adels ano véio

Pois é, pois é, cheguemo em 2011. E posso dizer que 2010 foi o melhor ano da minha vida, porque consegui uma namorada, a linda da @taisbulgareli s2s2

Foda é que não sei se consigo fazer uma retrospectiva porque, como já falei aqui em alguns textos, tenho memória fraca pra isso. Mas vamos tentar.


Dois mil e dez

Comecei a escrever textos aqui em Março. E até então não havia escolhido o que fazer no vestibular. Fui incentivado a fazer jornalismo, e acredito ter sido uma boa escolha. Resta saber se passei.

Li uns livros MUITO fodas: O Nome do Vento, A Mão Esquerda de Deus e O Arqueiro. Recomendo os três. Até comecei a escrever um, só não sei se vou terminar.

Não consigo terminar nem esse post. Memória de merda.

Feliz ano novo aê.