quinta-feira, 24 de março de 2011

Viagem



E então ele partiu. Sem olhar para trás, sem deixar endereço. Foi embora buscando algo que fosse simplesmente diferente de tudo. Tudo aquilo que já lhe fora apresentado pela vida, tudo aquilo que já não parecia mais tão interessante.

Partiu sem rumo, vivenciando uma das melhores aventuras oferecidas por aquilo que nos cerca, uma aventura almejada por muitos sonhadores sem oportunidade. A vontade de explorar era maior que o medo de fracassar.

Seu lar era sua mente. Nela, ele armazenava tudo o que aprendia e o que conhecia. Coisas novas não paravam de surgir. O mundo pode ser infinito, se souber onde procurar.

Não sentia falta do que ficou para trás. Passou a perceber como sua vida era monótona e infeliz, e como estava preso a ela. Virou outra pessoa ao se libertar. Viu o mundo de outras formas. As pessoas, as paisagens... Tudo parecia mais claro. Mais vivo. Deixaram de ser meros figurantes para fazer parte de algo maior. De uma aventura, uma experiência de vida. Uma vida que já não pertencia a alguém que simplesmente existia.

Pertencia a alguém que passou a viver.

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