domingo, 12 de dezembro de 2010

Dias Negros - Capítulo 2



No fundo, ele sabia que estava certo. Pegou seu casaco longo e preto, e saiu. Vagou pelas ruas desertas, procurando algo que nem ele realmente sabia o que era. Olhou para o relógio: era quase meia-noite.

O calor se foi, substituído por ventos que se arrastavam e o congelavam até os ossos. Ele continuou caminhando, sem rumo e sem idéias. Não viu ninguém, mas sentiu que alguém o via.

Começou a chover. Ele resolveu voltar para casa, e começou a fazer o caminho de volta. A chuva o impedia de ver direito. E foi então que aconteceu.

Um vulto apareceu a alguns metros de distância, à sua frente. Parecia imóvel. Ele parou também, e ambos se encararam. Ficaram ali por um minuto, que pareciam horas. E então, o vulto começou a andar.

Ele não se mexeu. Estava em choque, observando aquele vulto negro andar em sua direção. Mas ele parou.

Apenas três metros os separavam. Começaram a se encarar novamente, mas ainda era impossível identificar seu rosto. Era apenas uma massa negra por trás de paredes de água que caíam com cada vez mais força. A massa agora parecia se dissolver. Ele piscou, e o vulto desapareceu.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dias Negros - Capítulo 1



Mais uma noite comum e tranquila, apesar de quente. Ele pegou sua bebida e atravessou a sala em direção ao quarto, sentindo o peso dos olhares às suas costas. Continuou caminhando, agora um pouco inseguro.

Retomou sua confiança quando entrou no corredor, saindo do campo de visão de seja lá quem fosse, e virou para o quarto. Totalmente escuro, exceto pela luz da TV. Abriu as janelas para deixar o ar da noite entrar. Olhou para cima e sentiu falta de seu telescópio, meio quebrado e guardado numa caixa em cima do armário.

A lua apareceu por entre as nuvens cinzentas, e ele se lembrou de seu grande amor. Ela devia estar em algum lugar por ali, talvez pensando nele também. Ele tinha certeza que sim.

Assustado, olhou rapidamente para a porta, que havia sido fechada com força pelo vento. A voz das pessoas na sala foram abafadas, o que o deixou agradecido. Ele se deitou, inerte em seus pensamentos, que no momento voltaram a mostrar os dois juntos, caminhando sem rumo pela cidade vazia. Ela sempre aparecia, nas idéias ou em pessoa, preenchendo o vazio que o assombrara a vida inteira. E continuaria aparecendo.

Ele leu até tarde da noite, como gostava de fazer. Lá fora, a chuva havia começado a cair aos poucos, até que virou uma tempestade. As janelas balançavam; ele se levantou e caminhou até a sala, que agora estava vazia. Observou a rua, enquanto tudo era levado e arrastado pelo vento. Tinha a leve sensação de que algo estava errado.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Memórias


Por algum motivo, minhas memórias de longo prazo não seguem uma ordem cronológica. Apesar de não serem muitas, de modo geral, não sei dizer quando aconteceu o quê. É frustrante, às vezes.

Se perguntarem sobre a minha infância, ela se resume aos meus sete anos de idade.

— E quando foi isso?
— Ah, eu devia ter uns sete anos...

Na verdade, eu não consigo lembrar quantos anos eu tinha em cada acontecimento. Eu só acho que sete anos é uma idade razoável. E eu gosto do número.

Não lembro quantos anos eu tinha quando comecei a tocar violão, nem quando comprei minha primeira guitarra. Não lembro da minha festa de aniversário de 14 anos, nem se tive uma festa. Acho que tive.

Minha mente fica embaralhada, mas a maioria das minhas memórias não me faz falta. Eu me recriei ao longo do tempo, e teria vergonha do meu passado. Talvez seja melhor assim.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oi, tô mais velho

Então, é meu aniversário hoje. Foda-se.

Tô fazendo 19 anos, apesar de ter cara e tamanho de 15 (sendo otimista). Mas só tô aqui pra mostrar o presente da namorada mesmo. :B

Dante

Sim, o nome dele é Dante. É. Igual o gato do Vlog #6. Isso.

Nhóóó, eli num é liiindo? *o*

Enfim, obrigado @taisbulgareli, SUA LINDA! *-*

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Corações e Mentes



O tempo passa rápido de manhã. As folhas estão caindo, e o vento ainda é gélido. As lembranças pairam sobre mim, se recusando a entrar. Não as culpo.

Acordei meio desorientado, e muito relutante. O tempo passa rápido de manhã. Meu peito doía a cada respiração. Minhas memórias, completamente embaralhadas, tremiam de pavor.


Com tantas manhãs perdidas, minhas lembranças, memórias, também se perderam. O tempo passa rápido e deixa tudo para trás.


As sombras me seguiam enquanto eu caminhava. Respirar ainda me causava dor. O passado de alguém que não o viveu, agora estampado ao meu redor, contra a minha vontade. No presente, quem eu sou sente vergonha de quem eu fui.


E o futuro que me era totalmente oculto, começa a se mostrar.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

O inferno



Ele está voltando. Surgindo aqui novamente, com todos os seus círculos, como era antes, como sempre havia sido. Houve um tempo de calmaria, mas passou rápido demais. E agora ele está de volta para destruir tudo o que construí nesse tempo.

Não será fácil conquistar o silêncio outra vez. Não tenho controle sobre os demônios que me cercam. Mas não posso me deixar enganar pela máscara de generosidade que eles usam. E não vou deixar a festa deles continuar por muito tempo.

Pois, entrementes, encontrei a solução. Usarei meus próprios demônios contra eles. Agora, também os possuo. E minha estratégia não será solta e desequilibrada. O inferno não sabe o que o aguarda.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

iPod

Hoje eu esqueci o iPod em casa. Grande erro. Enorme.

Sem as minhas músicas, tive que aturar todos os barulhos desagradáveis de uma manhã de segunda-feira. Carros, alarmes... E o pior: gente conversando em voz alta no ônibus.

Meu ódio por gente aumentou bastante em alguns minutos. Por que era tão difícil falar baixo? E foi a mesma coisa quando cheguei na sala de aula. Será que eu sou o único que se importa das outras pessoas ouvirem toda a minha conversa? Babacas.

Eu sabia que devia ter voltado pra buscar o iPod, mesmo perdendo o ônibus. Tinha acabado de entrar no elevador quando me lembrei dele. Mas descobri que a música é mesmo indispensável, especialmente para viver neste mundo repulsivo.

Ela te afasta de tudo o que você não quer ouvir, ou saber. Te afasta da realidade, o que com certeza é bom. E eu realmente precisava disso. Afinal, era uma manhã de segunda-feira.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Vagabundagem #2

"A mãe do cara que inventou o horário de verão deve tá na zona... dando." - Piru, Tio (professor de Química)

E estamos de volta, depois deste longo feriado (não tive aula a semana toda, morram de inveja). Vamos de Geografia de novo, porque deixei a aula de Química passar.

"Bom diaaa... Bom diaaa... Muito bom diaaaa..." - Bravi (professor de Geografia)

Enfim. Desde o momento em que fui dormir até o momento em que acordei entrei no ônibus hoje de manhã, minha vida foi uma desgraça. Fiquei até 00:40 no telefone com a namorada (até aí, tudo ótimo), e desliguei pra tentar dormir. (depois daí, fudeu)

Imagine uma pessoa em RAGE. Agora imagine uma pessoa em RAGE tentando pegar no sono. Funciona?

— Nem funciona, tio.
— É, eu sei que não.

Pra começar, um desgraçado de um mosquito não parava de voar na minha orelha. Ele teria uma morte lenta se eu resolvesse levantar.



Meu excesso de cabelo e as cobertas também me irritavam bagarai. Conclusão: 3h da manhã e eu não tinha nem cochilado ainda. Acordei 5:25h com o despertador e levantei, tendo dormido menos de 2h.

Mãs, voltando.

Hora de estudar Química. Prova amanhã.

Enquanto isso, o professor de Geografia fala sobre drogas dos anos 80. Esse cheirador de LOLÓ.

Ops, dormi. O que eu tava falando mesmo?

Acho que meu professor de Geografia devia ser presidente. Passa 45 minutos da aula (que tem 50 minutos) falando de política (ele dá aula de Geografia Física) e parece saber todos os problemas com todos pos políticos, candidatos, partidos, e o escambau.

Bah. *espreguiça*

"Tô fosforilando".

Puta merda, duas aulas de História. Até gosto de História, mas esse professor (que não é o Totinho) fala como se estivesse fazendo propaganda da Tele Sena.


Eu vou é dormir mais.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Diálogo

O diálogo a seguir ocorreu entre o @GabrielSerrat e eu, no MSN.


— Quero escrever. .-.
— Escreve aê. '-'
— Não sei o que escrever. D:
— Divagações da noite.
— Eu quero escrever mas não tenho tempo.
— De novo? -.-
— E é da madrugada, não da noite.
— Só se eu escrevesse mais tarde.
— Mas tá de noite! ;)
— RÁ.
— MADRUGADA, tio.
— Faz agora mas fala que tava de madrugada! D:
— Ninguém precisa saber!
— heoaheaoheoaheoahe
— AHUAUHAUHAHU
— Tem o horário lá, carai.
— E eu queria escrever algo diferente.
— Escreva uma CRÔNICA.
— Ou um conto.
— Tema?
— Caçadas...
— '-'
— LOL.
— UAUHAUH
— Nunca cacei.
— Já cacei tatuzinho na roça... .-.
— '-'
— 'Cacei' é uma palavra estranha pra cacete.
— POUTZ, pior que é!
— UHAUHAUHA
— É que nem patota....
— LoL.
— Mas então.
— O que escrevo? D:
— Eu tava pensando em escrever sobre umas memórias de infância.
— Mas como você não lembra de nada...
— ehaoheaheaheahea
— Bom, xôve....
— Escreva como se estivesse gravando um vlog.
— TEXTO ALEATÓRIO.
— Vai virar um 'divagações da madrugada'.
— Pensei nisso também.
— LULZ.
— *pensa*
— Faça um crítica!
— A que?
— Mineiros chilenos.
— LoL.
— Nem sei nada sobre.
— *pensa*
— Deixa eu ver outra coisa...
— VESTIBULAR.
— Pow,
— Escreve sobre o vestibular, cara.
— Naaaaaaah.
— PORRA.
— Escreve sobre o dia das crianças, então. '-'
— Talvez.
— Essa parada das fotinhas de crinaça.
— criança*
— Caralho.
— Teclado ruim.
— Falei disso no último post...
— Brevemente, mas falei. :B
— Ah é!
— Esqueci.
— EHAOEHAOHEAOHEAOHE
— UAEHUAEHAE
— LOL.
— Acabei de ter uma ideia de Gênio.
— Mas esqueci porque o telefone tocou.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Divagações da madrugada #4

E vamos pra mais um 'Divagações da madrugada'. Porque eu tô entediado.

E agora que comecei a escrever, tô ficando com sono. Great.

Enfim, pedi ao amigo @GabrielSerrat alguma sugestão sobre o que colocar em uma nova página do blog que pretendo criar, e ele deu a idéia de fazer um podcast. Se você for uma pessoa legal, comente nesse post se gostou da idéia e/ou dê outra sugestão. Qualquer coisa (que não seja extremamente idiota) tá valendo.

E para aqueles que possuem um Facebook, clique aqui para adicionar/favoritar/likar/sei-lá-o-que a página do blog e saber quando tem post novo. Se é que você se interessa por isso aqui.

Esse post nem tá ficando com cara de 'divagação da madrugada'. Preciso filosofar um pouco.

Dia das crianças chegando, todo mundo com seus 'mini-eus' no Twitter, blablabla. Até entrei nessa, com esta foto:

Nhóóó

Pois é, esse sou eu com um ano, dois anos, sei lá quantos anos. E uma coisa que eu já disse algumas vezes, mas até gosto de repetir, é que minha infância foi meio que apagada da minha mente. Não lembro de quase nada, e boa parte é por opção. Não gosto muito de ficar lembrando do passado, e nem sei ao certo o porquê. Mas enfim... eu era fofo. Ou não.

*Bocejo*

Ah é, esses dias eu li uma reportagem sobre o sonho, e até descobri como controlá-los. Não consegui fazer ainda, é um processo meio lento. Mas não vou revelar o segredo aqui. HAHAHA

Bem, eu queria escrever mais e deixar esse post digno de seu nome, mas tá frio, tarde e eu tô com sono. Então vou dormir e que se fuck.

See ya.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vagabundagem #1

Tô com sono, mano. Mas também, são 7:50 da manhã. E aula de Geografia.

Vish, o cadarço desamarrou.

Pronto. Onde eu estava?

Ah, sim. Aula de Geografia. Na verdade foram 40 minutos de palestra sobre auto-estima e 10 minutos de aula. E lá vem o professor de Física. Ele é legal, até.

Enfim, não vou ficar descrevendo minhas aulas. Vamos falar de outra coisa. Futebol? O Brasil ganhou do Irã ontem. Próximo assunto.

Política? Que vá pro inferno.

Ah, não sei se vocês já sabem, mas tirei minha carteira de motorista. WIN! Até vim de carro pra aula hoje.

LoL, três professores na sala fazendo palhaçada. Hahaha, são as melhores horas da aula.

Aula de velocidade. Quite interesting. (Tá, talvez eu fale um pouco sobre as aulas.)

Viraaando a página.
- Não a da vida, só a do caderno mesmo - diz Lampião, professor de Biologia.

Fim da segunda aula. Ainda com sono. E pensar que vou ter que estudar Química depois do intervalo pra prova de hoje à tarde. Saco.
Aliás, era bom eu começar agora em vez de ficar escrevendo inutilidades. Mas pergunta se eu vou.

- Você vai?
- Não, não vou.

Os professores daqui tem as piadas mais ridículas ever. "Inglaoceano? Não, Inglaterra." (Aristóteles, vulgo 'Totinho', professor de História, que agora está dando pulinhos na sala pra dizer que a Alemanha queria se expandir).

Ia escrever uma coisa sobre professores aqui, mas vou guardar para o próximo vlog. :)

Opa, hora do RECREIO. Digo, intervalo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Mundo Sem Você



Não vou dizer que o mundo sem você é cinzento e sem graça, porque isso seria um clichê sem tamanho.
O mundo sem você é o mundo como sempre foi. Barulhento, caótico e até repulsivo. O ar é carregado de problemas e a diversão é rara.

Com você, este mundo simplesmente não existe. Existe apenas o momento. O nosso momento. Os problemas evaporam, tudo evapora. Não há mais nada além de você. E você é tudo o que eu preciso.

Por isso quero te ter para sempre. Não conseguiria viver novamente num mundo sem o seu olhar, seu sorriso, sua paz. Não me acostumaria novamente com um mundo sem você.

Sete quedas



A princípio, não consigo enxergar nada à minha frente. À medida que a névoa vai se dissipando, consigo ver um cais próximo, com um barco de mais ou menos 15 metros de comprimento ancorado ali. E vejo uma linda mulher sentada no cais, com cabelos longos, uma pequena coroa de penas grandes, e olhar ao vento.

Eu, assim como ela, era uma espécie de índio elfo britânico. Alto, forte, cabelos longos e loiros e orelhas pontudas, com penas grandes acompanhando o cabelo. 

Vou me aproximando devagar. Ela me vê e se levanta:

— Você está atrasado.
— Eu sei.

Tivemos uma pequena discussão, mas não me recordo dos detalhes. Entramos no barco e seguimos pelo rio estreito. Mais à frente, me recordo de um sonho que tive, onde despencava de várias quedas d'água com um barco. E me dou conta de que era uma visão. Ouço Arya gritando meu nome e apontando uma enorme cachoeira logo adiante. É inevitável.

Mas não era o fim. De acordo com a visão, ainda faltam mais seis. Depois da terceira, avistamos um outro barco menor, comandado por um velho capitão. Um inimigo antigo que agora pede ajuda. Mas seu barco é destruído na próxima queda.

A última queda se aproxima. Sei que o barco não resistirá. Abraço Arya enquanto a imensidão azul se aproxima...

domingo, 26 de setembro de 2010

Tumblr

Então, criei um Tumblr apenas para fotos/imagens editadas, como as do post abaixo (ou a do título do blog). Aí vai o link:

http://diegovsky.tumblr.com/

Lembrando que nenhuma das fotos foi ou será editada com Photoshop - já que eu nem sei usar -, e que eu não sou nenhum rei da edição. É só por diversão mesmo :B

Enfim... enjoy.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Imagens

Algumas fotos editadas hoje em momento de tédio:


Editada por mim.


 Editada por Tais Bulgareli, minha namorada :)


 Também editada pela minha namorada, que eu amo demais


E é isso. Em breve novas imagens (eu acho).

domingo, 19 de setembro de 2010

Divagações da madrugada #3

Então.
Olhei pro relógio agora, e vi que já são 00:23. Como não pretendo ir dormir agora, resolvi escrever um pouco. Sem música dessa vez. =/

Bom, hoje teve um tal de Anime Fest. Pra quem não sabe, é um evento anime. Eu nem curto muito, na verdade, mas foi bem legal até.
Lá eu comprei: uma camisa de Devil May Cry; uma espécie de medalhão do Jackie Chan; um imã de clone do Star Wars; e um botton do Fuck Yea.


Lá eu quase comprei: uma camisa do FFFFUUUUUUUUU; uma camisa do Fuck Yea; uma camisa do Cool Face; e um boné do Mário. Queria ser rico.

Tá.. fui inventar de escrever esse texto agora, mas tô sem inspiração. E com sono. Vou contar como foi o dia.

Acordei (levantei) por volta de 11:30 (na verdade foi 11:30 mesmo). Liguei o notebook e fui preparar o Toddy nosso meu de cada dia (egoísmo FTW). Então, fiquei zanzando nas internets e esperando a namorada chegar da aula (sim, a coitadinha teve aula nesse sábado). Até então, eu ainda não sabia se a gente ia mesmo pro evento. Capaz de eu só ter descoberto que iríamos porque perguntei quando ela chegou. Mas só descobri isso. Quando vi, ela já estava saindo de casa, e eu de pijama vendo filme.

Mas eu sou muito ninja e acabei chegando no evento antes dela. Rá.

Sobre o evento, não entrarei em detalhes. Pra resumir: nerds e produtos nerds, japas e músicas japas, e conheci pessoalmente o parceiro @GabrielSerrat. Depois fui pro shopping engordar.

Depois voltei pra casa, tomei banho e fiquei aqui. E agora vou dormir.

See ya.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Divagações da madrugada #2

Pois é, gostei de ter escrito o primeiro e resolvi continuar, apesar de estar com um puta sono.
Agora são 23:20. Não é exatamente madrugada ainda, só comecei a escrever cedo pra poder ir dormir logo.

Dessa vez comecei ouvindo Oasis. Não que isso seja importante, mas gosto de falar de música.
E dessa vez não estou esperando a namorada ir dormir. Ela acabou de ir, na verdade. Quem precisa dormir mesmo sou eu, mas meu lado nerd insiste em fazer esse post. Fazer o quê.
Enfim, tem vlog novo no ar, que você pode ver no post abaixo. Na minha opinião, esse foi o melhor até agora. Provavelmente porque eu estava sozinho em casa e pude me soltar mais. Ou não. Sei lá.

Começou a tocar Skid Row agora, que me lembrou de quando morei em Miami por uns meses (que foi no final do ano passado). Falando nisso, meus tios que me hospedaram lá chegaram aqui hoje, e eu já ganhei dois presentes. 8D
E tá tendo música ao vivo na cantina do prédio. Mas o infeliz que tá cantando resolveu escolher todas as piores músicas que já fizeram algum sucesso pro seu repertório. Estou sendo obrigado a ouvir Zezé di Camargo e Luciano, e Daniel. Socorro.

Ah, começou um Breaking Benjamin aqui pra me salvar: 

Dear agony
Just let go of me
Suffer slowly
Is this the way it's gotta be?

Don't bury me
Face this enemy
I'm so sorry
Is this the way it's gotta be?
Dear agony...

Música linda. Linda. Não canso de ouvir. Isso me lembra de quando comecei a ouvir Fireflies, do Owl City. Fiquei completamente hipnotizado pela música. Passei 3 horas direto ouvindo só ela. Tentei dormir ouvindo ela, mas não conseguia parar de prestar atenção na música e pegar no sono. Infelizmente, hoje ela já não tem mais a mesma magia que tinha antes. Não fico mais arrepiado quando a ouço. Triste.

Bom, como eu estou com um sono colossal e não sei mais o que escrever, vou dormir. Tentarei fazer com que o próximo seja melhor.


See ya.

Vlog #5 - Trombini, Piadas, Cachorros de rua e Sushi

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sem título



Não, esta crônica não é sem título. O título é aquele ali mesmo. É só porque conta a história de um autor de sucesso que, um dia, não conseguiu criar um titulo para sua própria crônica.

A crônica falava sobre o verdadeiro nome de todas as coisas, e o poder destes nomes. Mas o título não podia ser óbvio. Tinha que despertar curiosidade e insinuar mistério. Nada o agradava.

Olhou pela janela, para a rua, buscando inspiração. Qual seria o título digno de uma crônica tão perfeita? Ele não sabia. Gastara toda sua criatividade escrevendo-a.

Por fim, rendeu-se. Escolheu um dentre as opções de títulos óbvios e sem graça. Publicou-a.

"O Nome das Coisas" foi a crônica mais lida de todos os tempos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Três em três


Dizem que as coisas ruins vêm em três. Para os mais azarados, as coisas ruins acontecem três vezes cada.

Temos, por exemplo, o menino que ia saindo de casa e tropeçou três vezes no caminho até a porta. Pegou a bicicleta e desceu. Errou três ruas até chegar na escola. Pegou no sono sem querer nas três primeiras aulas do dia.

Na volta pra casa, quase foi atropelado por dois carros e uma moto, por causa de três ligações de uma mesma pessoa. Atrasou-se para o almoço e seu prato teve que ser esquentado três vezes, o que deixou as batatas com um gosto estranho.

Mas as coincidências pararam por aí. Sim, coincidências, pois o azar não existe. Bem como a sorte é um mito. Ele só teve um dia ruim.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Bolsa Branca


Estava eu andando de bicicleta perto da praia, à noite, totalmente preocupado porque tinha esquecido algo na praia. Estava procurando algum tipo de posto policial, quando percebo que estou sendo seguido.

Era um cara um pouco mais alto que eu, que usava tranças na altura do pescoço. Depois de um tempo, começou a tentar me fechar. Tentou uma, duas, três, quatro vezes, até que disse:

- Caralho, que merda!

Começou a andar do meu lado:

- Vai me bater? Vem então!

- Do que você tá falando, mano? - perguntei.

Ele não respondeu. Continuou andando do meu lado, e depois me perguntou o que eu estava fazendo.

Expliquei a história, e a partir daí viramos meio que 'amigos'. Começamos a invadir os postos policiais abandonados da praia, ainda em cima das bicicletas, procurando o que quer que eu estivesse procurando. Reviramos tudo, e no final encontramos.


Era uma bolsa branca, mas não consigo me lembrar do conteúdo. Acho que eu nem sabia o que era, na verdade.

De repente, fomos parar em um prédio, curiosamente parecido com este:



Invadimos um ou dois apartamentos, acho que apenas por diversão. Depois nos separamos, e eu fui para o andar de cima, enquanto ele ficou no mesmo que estávamos.

Quando cheguei lá, olhei pela abertura da parede e vi que ele havia sido cercado por seguranças. Subi no parapeito, e vi uma saliência no andar de baixo. Soltei a tal bolsa branca e pulei atrás dela, caindo em cima da saliência, quase me desequilibrando. Depois pulei até o chão, e fui acordado pela minha mãe.

Fim do Mundo

Seguinte: meu amigo Fernando me deu a idéia de começar a escrever meus sonhos e postar aqui. Então escrevi dois, e aqui vai o primeiro:


Fim do Mundo

Alto mar. Dezenas de navios imensos e bases marítimas ao redor. Estou voando feito o Goku, e meu pai ao meu lado. Pousamos em uma das bases marítimas, em meio a tiroteios, e começamos a procurar.


Procurávamos um controle remoto desses de desenho animado, bem grandes e com apenas um botão vermelho. Encontramos. Meu pai sem querer aperta esse botão, e ao som do meu alto e longo "NÃÃÃO!", se inicia o fim do mundo.


Tornados começam a se formar, ligando o mar e o céu. Raios caem e dão início a uma série de explosões. Voltamos a voar, fazendo manobras evasivas para desviar de raios, tiros e tudo o mais. As explosões continuam. Tudo se desfaz à nossa volta. Era uma vez o planeta Terra.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sad Keanu

(Se você não sabe o que é o Sad Keanu, clique aqui.)

Então, agora tenho meu próprio Sad Keanu:



Legal, né? Não? Ok.
Clique aqui e saiba como ter um.

See ya.

domingo, 25 de julho de 2010

Esqueça



O mundo não é como você espera.
O mundo não será como você imagina.
E aqueles que viveram da mentira
vão ceder quando o último raio
cair aos seus pés.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Frio, a Chuva e a Noite



As três coisas que mais gosto no planeta. Depois de anos as admirando, só hoje percebi o efeito que essas três coisas têm sobre mim quando se juntam.

O frio, a chuva e a noite me deixam automaticamente deprimido. Triste. E qualquer coisa que eu não goste, por mais insignificante que seja, pode fazer essa tristeza me atingir em cheio. Por exemplo, uma má companhia.

Estou no lugar certo, com as pessoas certas, e tudo indica que será um bom dia. Até que aparece o indesejável que, sem perceber, faz tudo para arruinar o momento.

E junto com o momento, eu também fico arruinado. Acabo incomodando aqueles que gosto de verdade, sem ter a menor intenção. Só queria poder aproveitar o momento como o havia imaginado antes. Sem ser incomodado, sem interrupções.

E aí vem a combinação de fatores. Meu estado momentâneo de depressão involuntária, a má companhia, e a consciência de que os próximos dias serão terríveis, pois não terei sua presença reconfortante por perto. Minha armadura se foi. Estou desarmado. Estou no chão.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Divagações da madrugada #1

E cá estou eu, ouvindo Kaiser Chiefs (entre outros), conversando com amigos no MSN e pensando no que fazer nessa quase madrugada. E então, resolvi escrever um post, sem a menor idéia do que escrever.

Falando em escrever, lembrei que não dei mais continuidade ao meu livro. Mas ainda não sei se vou desistir totalmente dele. Só preciso de uma bela onda de inspiração que me incentive a continuar. Só o que tenho são vagas idéias. Idéias boas, mas que não são o suficiente pra combater a preguiça. Enfim, espero conseguir terminá-lo.

E falando em livro, comecei a ler um, como citei no meu último vlog. O Nome do Vento é simplesmente o melhor livro que já tive o prazer de ler (estou quase terminando). Tudo bem que não li muitos livros, mas...

Bom, agora já passa da meia-noite, então é oficialmente madrugada.

Começou a tocar Californication, o que me dá uma certa nostalgia. Especialmente de quando ganhei minha bateria, e era a música que eu sabia tocar melhor. Hoje, já nem toco mais. Muito entediante.
Mas realmente preciso de uma bateria acústica, porque a minha eletrônica já quase não aguenta mais. Só devo comprar uma nova no ano que vem, e não sei se ela vai segurar até lá. Veremos.

Bom, acho que chega. Esse post já tá ficando grande demais.

Boa noite, e viva o Breaking Benjamin.

See ya.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Interior



Todos têm algo dentro de si. Algo sem definição, mas de grande influência na personalidade de cada um. Aqueles que não têm consciência disso passam a vida com a agoniante sensação de que falta alguma coisa.

Aqueles que têm consciência, buscam uma maneira de extrair esse 'algo', e transformá-lo em algo produtivo. Ou destrutivo. Ou que simplesmente os faça se sentir bem.

Alguns buscam uma grande aventura. Alguns buscam um grande amor. Alguns buscam uma simples folha de papel. Transformar sentimentos em obras de arte parece uma boa idéia.

Um breve momento de inspiração traz uma grande sensação de liberdade. É a chance que você tem de ser o que quiser, dizer o que pensa, e por para fora tudo aquilo que te angustia.

Muitos possuem esta capacidade, mas ainda não sabem. Têm medo de tentar. Medo de revelar o que se passa em seu interior. E vivem para sempre sentindo falta de alguma coisa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Como viver?



Vivemos em um sistema limitado. Um padrão que supostamente foi criado para melhorar a vida da sociedade, mas que acabou limitando-a sem que ninguém percebesse. Os que percebiam já ficaram para trás.

E só hoje fui me dar conta de que a vida poderia ser muito mais do que isso. Percebi que existem inúmeras maneiras de viver, como as que ficaram no passado. Os cavaleiros medievais, os hippies, os punks, cada um com sua forma de viver e sua visão de mundo. Mas graças ao nosso sistema, é inviável tentar experimentar outras visões. Hoje, ou você vive pelo capitalismo, ou você não vive.

O pior é saber que só temos uma vida para aproveitar. Não, não há uma próxima vida. Aceite. Se houvessem outras vidas, nada faria sentido. Acredito que o único sentido da vida seja experimentar tudo o que for possível, viver intensamente, aproveitando cada minuto. Mas a humanidade vem destruindo isso há tempos. E ninguém vê. Ninguém faz nada. Apenas nos acomodamos e esperamos a agradável visita da morte.

Existem muitas coisas que eu gostaria de ser, de experimentar, de viver. Mas nasci, supostamente, para ser uma criança alienada, para depois virar um adolescente comum, frequentando uma escola comum e vivendo com uma família comum, e mais tarde me tornar um adulto acomodado, até virar um velho rabugento. Não, não é essa vida que quero pra mim. Quero ver tudo o que o mundo pode me oferecer, tudo o que posso ser. Viver uma vida que poderia virar um livro mais tarde.

E assim, morrerei realizado.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Alô, vocês

Então, deu vontade de escrever aqui. O problema é que não faço a menor idéia do que escrever. .-.

Bom.. como tem muita gente umas 3 pessoas me perguntando sobre o próximo vlog, eu vou gravar assim que meu resfriado demoníaco passar e eu tiver um tempo sozinho em casa.

Caso alguém queira saber, estou escrevendo mais um texto, e deve estar pronto até o fim de semana. É sobre novas maneiras de viver.

Também comecei um livro, baseado no meu texto "Ritual". Ainda não sei como vou conseguir fazer uma história com mais de 100 páginas, mas vou tentar. ;p

Eu queria escrever mais, mas a hora não deixa. Vou acordar 5:40 amanhã, pra passar quase 5h estudando uma matéria chata do caralho pra fazer prova à tarde.

Então, até mais.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Vlogs

Alô, você.

Então, faz tempo que não falo nada por aqui, só tenho postado textos e tal, mas vim falar dos vlogs dessa vez.

Só pra esclarecer: eu sempre gostei desse tipo de vídeo. Mas resolvi começar a fazer mesmo depois que vi o PC Siqueira, do canal maspoxavida. Sim, me inspiro um pouco nele nas gravações. Mas quanto mais você disser que eu tô copiando ele, mais eu vou te mandar tomar no cu e mais vídeos vou fazer. Não faço isso pra agradar ninguém. Pra desagradar, talvez.

Sem mais, aí vai o meu primeiro vlog. O segundo vem no próximo post.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Alfa e Ômega



Venho de um estado de mente mais poderoso do que qualquer coisa. Mais poderoso do que qualquer deus. Uma dimensão onde posso fazer tudo sem me preocupar com o amanhã. Pois este simplesmente não existe.

Existe apenas o aqui e o agora. Posso morrer e reviver infinitamente, cada vez mais forte. Não sei mais o que é limite. Não conheço o medo. Desprezo a dor.

Ah, o poder. O sonho de todo mortal correndo em minhas veias. A capacidade de controlar desde um simples átomo até a maior estrela, na ponta dos meus dedos. Não há barreiras. Não há regras. Nada pode me parar.

O Bom e Velho Passado



Eu tenho o grande defeito de não querer esquecer as coisas que não gosto de lembrar. Na verdade, gosto. Mas não me faz bem.

As lembranças que eu deveria deixar pra trás são o que me alimenta. Lembranças de um passado perfeito, mas que nunca mais serão o presente. E o futuro parece ainda muito distante.

O que me deixa com ódio de mim mesmo é o fato de eu ter deixado estas lembranças tornarem-se meras lembranças. Sei que, se realmente tentar, posso esquecer tudo e seguir em frente. Mas a simples idéia de esquecer já me assusta. Assim como a idéia de tentar fazer com que elas voltem ao presente.

Sei que não depende só de mim, mas ainda me sinto um covarde. É difícil de acreditar que tudo o que foi dito era mentira. Ou apenas uma grande verdade momentânea. Mas a realidade não mente, quando se vive por ela.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Uma Noite Perdida




Sábado à noite. Debaixo da água fria, começo a imaginar como serão as próximas horas. Posso prever boas conversas, risadas, diversão, e só voltar pra casa depois que amanhecer, mas sem saber que nada disso me aguarda. Dominado pela excitação, termino de me arrumar, encontro meus amigos e saio. A festa começa no caminho, com umas voltas de carro pela cidade. Mas minha noite é arruinada assim que chego lá.

Ela está com outro. Eu já sabia, e já devia ter me acostumado com essa visão, mas parece que cada vez é ainda pior. A excitação é substituída por frustração, e já sei que nada mais dará certo daqui pra frente.

Sei que devo voltar pra casa, mas resolvo arriscar e fico ali. Observá-la é inevitável, por mais que me torture. Meus amigos tentam me distrair, em vão. Já não vejo graça em mais nada.

As horas passam, mas só tenho uma imagem na cabeça. Uma imagem que não me agrada de forma alguma, mas me hipnotiza. Me prende de tal forma que não consigo dormir, e todo o resto perde o sentido. 


Levanto no dia seguinte, ainda lembrando do que se passou nas últimas horas. E o amanhã nunca chega.

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Título por: Kyria   :D

A Dor



Ah, a dor. A dor existe para te lembrar de que está vivo, quando sua mente adormece por culpa da rotina. Para os vitoriosos, a dor serve como motivação, não como uma evidência da derrota.

Não tem a ver com masoquismo, não tem a ver com sentir prazer na dor. Tem a ver com saber aproveitá-la e usá-la como um benefício, como um passo a mais em direção à uma superioridade própria.

Aquele que se esconde quando encontra um obstáculo, nunca estará preparado para o mundo real. Este mundo é movido pela dor daqueles que sabem usá-la a seu favor, e se tornam mais fortes através dela. "O que não me mata, me fortalece".

domingo, 25 de abril de 2010

Trivialidades




Sinto falta de algo. Mas não sei exatamente o que é. Não sei se é algo que já tive, ou sempre quis ter. Só sei que sempre que penso sobre isso, fico alegre, pacífico, e desanimado ao mesmo tempo.

Tem algo a ver com amigos, e uma casa grande onde podemos ficar sozinhos. Mas não há festa, brincadeiras ou alvoroço. Há sim um longo momento de calmaria, em que me junto a mais dois fiéis amigos, e ficamos sentados no chão da sala pouco mobiliada e pouco iluminada. Experimentando bebidas refinadas, e com um semblante meio alegre e meio sério em nossos rostos, conversamos sobre trivialidades do cotidiano.

Não sei se é uma metáfora do meu subconsciente, ou se realmente desejo um momento como esse. Talvez seja as duas coisas. Mas sei que nunca serei realmente feliz vivendo aqui. Às vezes, mudar é preciso. Sinto necessidade de novos ares, mas com os mesmos amigos. Os verdadeiros amigos.

Desânimo



Minha cabeça pesa. O desânimo e o cansaço tomam conta do meu corpo, mas não consigo e não quero dormir. Tento me animar de várias maneiras, mas nada funciona. Só o que me resta é fazer o que sempre faço quando estou à toa em casa.

De tempo em tempo, deito na cama para descansar. Me sinto bem relaxado, mas o cansaço não some. Parece que ficarei cansado pra sempre. Uma leve dor de cabeça acaba me limitando mais do que deveria. E remédios não são uma opção.

Tento, em vão, me lembrar de como me curei nas últimas vezes em que me senti assim. Ouvir músicas, por incrível que pareça, não ajudava. Até me sinto mal por isso, como se estivesse ofendendo meu melhor vício. Beber água também não ajudou. Mas nunca achei que fosse ajudar mesmo. O refrigerante acabou, e não sabia fazer café. Perdi a chance de ser salvo pela cafeína.

Por fim, me entrego ao desânimo. Ainda tento me distrair um pouco, mas desisto rapidamente. Resolvo tomar um banho. A água fria acabou aliviando um pouco a dor de cabeça. Devia ter pensado nisso antes...

À medida que a noite cai, vou me sentindo mais leve. A dor de cabeça se foi, e meu corpo vai ressuscitando aos poucos. Levanto-me da cama, na qual estava deitado assistindo um bom filme, que já tinha visto outras trinta vezes. O telefone toca, e um amigo me chama pra sair. Quase não aceitei.

Já em casa, termino a noite da mesma forma como comecei o dia. Pareço morto. Me sinto morto. Estou morto. E o dia seguinte me aguarda.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ritual



Não há nuvens. A Lua flutua solitária no céu aberto, iluminando o que restou do lugar por onde caminho agora. As cruzes de madeira espalhadas no chão me fazem pensar naqueles que viveram uma mentira, e morreram cegos. O cheiro de morte, ironicamente, me enche de vida.

A brisa gelada levanta as folhas secas, revelando covas vazias à minha volta. Não sei se foram abandonadas, ou só estão esperando novos moradores. Os uivos ecoando ao longe trazem meu passado à mente, e vejo tudo que deixei para trás.


Mais à frente, penso ter visto um vulto em meio às árvores. Dou mais alguns passos, e me encontro em uma clareira. No centro, pedras antigas com desenhos estranhos formam um círculo perfeito ao redor de uma vela apagada. Minha vida passa diante dos meus olhos à medida que me aproximo. Sinto uma nova brisa repentina, e ouço passos rápidos às minhas costas. Mas não tenho tempo de me virar...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Voilà




"Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is a vestige of the vox populi, now vacant, vanished. 

However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin van-guarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition. 

The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous.  


Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose, so let me simply add that it's my very good honor to meet you and you may call me V."

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Velhas Lembranças



O elevador. Qualquer um fica vulnerável nesse tipo de ambiente. Principalmente quando surge aquela presença inesperada, que trás fantasmas do passado à sua mente. Lembranças de mais uma das inúmeras desilusões amorosas que você já sofreu. Mas esta te marcou. O constrangimento toma conta do lugar, e não há pra onde ir, até que um dos dois sai.

Nos dias que se seguem, você revê aqueles breves momentos de silêncio em sua  mente, e volta no tempo. Começa a se lembrar de como vocês eram próximos, mas não tanto quanto você gostaria. E quando você percebe, está sofrendo novamente por algo que passou há anos. Mas, por mais estranho que seja, isso não te faz mal. Este é um daqueles casos onde o que deveria te fazer sofrer acaba te dando mais sentido à vida. Porque, apesar de tudo, eram bons tempos. Pelo menos havia uma amizade.


Cada vez mais, você vai se lembrando daquela velha amizade. E então, o sentimento adormecido volta à tona. Mas desta vez, você está preparado. Sabe que não quer passar por tudo aquilo de novo, e sem o fator da amizade pra  amenizar as coisas. Então você se controla, e logo dá um jeito de esquecer o que aconteceu, apagar as velhas lembranças e os velhos sentimentos.

Mas o problema é que esse tipo de coisa nunca se esquece. Nunca se apaga. Volta e meia você vai se lembrar dos velhos tempos, de como era bom gostar e estar perto da tal pessoa. E é inútil tentar usar novas paixões para esquecer as antigas. Todas elas te assombrarão pelo resto da vida.

Elas sempre voltam.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Saudade



Saudade de você. Mas não só da sua pessoa.

Saudade de conversar com você por um tempo considerável. Saudade de você me atormentando. Saudade de poder te ver quase seis horas por dia. Saudade de te acompanhar até a sua casa, só para poder conversar mais com você. Saudade da sua alegria sem motivo e da sua instabilidade emocional. Sinto falta da sua companhia, sempre bem-humorada. Saudade dos seus pensamentos estranhos que surgiam do nada, e da inspiração que você me trazia. E ainda trás, mas já não vale mais a pena.

Saudade dos seus abraços reconfortantes e da sua preocupação em como eu me sentia. Saudade dos seus conselhos, até dos ruins. Saudade do seu olhar sobre a minha personalidade, mesmo quando não concordava. Sinto falta da sua própria personalidade, única e encantadora.

Saudade de uma amizade que você esqueceu.